A ideia surge da vontade de vos contagiar com o "bichinho" do Jazz.

Aproveitem para no mínimo dar uma espreitadela neste fabuloso universo jazzístico. O género é abrangente, não será difícil descobrirem uma vertente que vos agrade."


Afonso Pais Trio nas Caldas da Rainha



06 Ago 2009 Afonso Pais Trio – 21h30
Caldas da Rainha


Afonso Pais guitarra
Nelson Cascais contrabaixo
Alexandre Frazão bateria

Desde muito cedo demonstrou interesse pela música, optando pelo piano como primeiro instrumento. Em 1995 ingressa na escola de Jazz do Hot Clube de Portugal, onde estuda durante três anos. Aí integra a Big Band de alunos e sócios do H.C.P (“Big Villas Band”), e é escolhido como representante da escola no 8º encontro da “International Association of Schools of Jazz”, que teve lugar em Siena, Itália, no ano de 1997. Ainda em 1997 realiza uma digressão com o rapper General D, onde actua em Maputo, Beira e Quelimane. No verão de 1998, a convite de Erik Moseholm, participa enquanto primeiro representante Português num projecto então em estreia intitulado “E.J.Y.O.” (“European Jazz Youth Orchestra”). Entre 2001 e 2003 divide a sua actividade profissional entre Lisboa e Nova Iorque, conseguindo um visto com o estatuto de artista exímio nos E.U.A. por recomendação de alguns dos mais conceituados e reconhecidos músicos do panorama jazzístico mundial. Nesta altura desenvolve paralelamente dois projectos originais: Experimentália e Terranova. Experimentália, um projecto de música do mundo em colaboração com a cantora Joana Machado consiste num repertório de temas originais para quinteto. Terranova, a trio, ou com convidado, em quarteto, representa a sua busca do orgânico, numa pesquisa bem definida, de espontaneidade e imprevisto. Ao longo destes quatro anos Terranova tem contado com a presença de nomes tais como Peter Bernstein, Peter Zak, Perico Sambeat, Marc Miralta, Chris Higgins, Albert Sanz, Alexis Cuadrado, Carlos Barretto e Alexandre Frazão. De volta a Portugal desde o início de 2004, e paralelamente à sua actividade enquanto músico, lecciona na “Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo”, no Porto, “Conservatório de Música da Madeira”, “Escola Luís Villas Boas / Hot Clube de Portugal”, em Lisboa. – www.jazzportugal.ua.pt

Jazz em Selos



"O Jazz em Portugal

Quem teve a sorte de poder assistir ao primeiro festival de jazz em Portugal dificilmente poderá apagar da memória esse acontecimento extraordinário que juntou no mesmo palco nomes lendários do Jazz, tais como Miles Davis, Ornette Coleman, Dizzy Gillespie, Thelonious Monk, Art Blakey, Dexter Gordon e Phil Woods, entre outros.

Com esta generosa oferta, surgia, em 20 de Novembro de 1971, o primeiro festival Cascais Jazz, no então Pavilhão dos Desportos de Cascais, com uma assistência que rondava as dez mil pessoas. Nesta noite memorável, ocorreram alguns factos curiosos: Miles Davis exigiu tocar em primeiro lugar, e Ornette Coleman fez questão de tocar imediatamente a seguir, o que terá provocado um atraso razoável para o público. A dada altura, durante a actuação do seu quarteto, Charlie Haden decidiu dedicar o tema Song for Che aos movimentos de libertação dos negros em Angola e Moçambique, o que provocou uma enorme onda de aplausos por parte da assistência. Nas bancadas podiam ver-se panos com as inscrições «Guiné Livre» e «Abaixo a Guerra Colonial» e, nessa altura, o espectáculo esteve na iminência de ser suspenso pela polícia de choque que aguardava no exterior. Quanto a Charlie Haden, ao regressar ao camarim, foi levado para a sede da PIDE/DGS, tendo sido obrigado a embarcar para Londres no dia seguinte.

Nos anos que se seguiram, inúmeros festivais de jazz apareceram em Portugal. Nos selos desta emissão procuramos evocar alguns deles, tais como o Estoril Jazz/Jazz num dia de Verão, o Jazz em Agosto, o Guimarães Jazz e o Seixal Jazz, sem esquecermos, é claro, o citado Cascais Jazz, ou o singular Festival de Jazz Europeu no Porto.

Porém, a história do Jazz em Portugal não começou com os festivais, mas sim muito antes, e nela encontramos estreitamente associado ao entusiasmo e à perseverança de Luís Villas-Boas, aliás co-fundador do Cascais Jazz.

Com uma enorme paixão pelo Jazz, este homem criou, em 1945, o primeiro programa de rádio em Portugal dedicado a este tipo de música, e fundou, em 1948, o Hot Clube de Portugal, o primeiro clube de Jazz em Portugal. A sua luta em prol da divulgação do Jazz abrangeu cinco décadas, durante as quais foi ainda produtor e promotor de concertos e festivais, organizador de jam-sessions (juntando músicos portugueses e estrangeiros) e produtor discográfico.

Entretanto, o Hot Clube de Portugal, a funcionar na mesma pequena cave de sempre da Praça da Alegria, em Lisboa, tornou-se num dos mais antigos clubes de Jazz do mundo. Com uma programação semanal de espectáculos ao vivo, viu passar pelo seu palco, durante as suas seis décadas de existência, tantos músicos que, se quiséssemos escrever todos os seus nomes, por certo as paredes do clube não chegariam para tal. Esperamos que muitos mais continuem a passar.

Quem teve a sorte de poder assistir ao primeiro festival de jazz em Portugal dificilmente poderá apagar da memória esse acontecimento extraordinário que juntou no mesmo palco nomes lendários do Jazz como Miles Davis, Ornette Coleman, Dizzy Gillespie, Thelonious Monk, Art Blakey, Dexter Gordon e Phil Woods, entre outros.
Com esta generosa oferta, surgia, em 20 de Novembro de 1971, o primeiro festival Cascais Jazz, no então Pavilhão dos Desportos de Cascais, com uma assistência que rondava as dez mil pessoas. Nesta noite memorável, ocorreram alguns factos curiosos: Miles Davis exigiu tocar em primeiro lugar, e Ornette Coleman fez questão de tocar imediatamente a seguir, o que terá provocado um atraso razoável para o público. A dada altura, durante a actuação do seu quarteto, Charlie Haden decidiu dedicar o tema Song for Che aos movimentos de libertação dos negros em Angola e Moçambique, o que provocou uma enorme onda de aplausos por parte da assistência. Nas bancadas podiam ver-se panos com as inscrições «Guiné Livre» e «Abaixo a Guerra Colonial» e, nessa altura, o espectáculo esteve na iminência de ser suspenso pela polícia de choque que aguardava no exterior. Quanto a Charlie Haden, ao regressar ao camarim, foi levado para a sede da PIDE/DGS, tendo sido obrigado a embarcar para Londres no dia seguinte.

Nos anos que se seguiram, inúmeros festivais de jazz apareceram em Portugal. Nos selos desta emissão procuramos evocar alguns deles, tais como o Estoril Jazz-Jazz num dia de Verão, o Jazz em Agosto, o Guimarães Jazz e o Seixal Jazz, sem esquecermos, é claro, o citado Cascais Jazz, ou o singular Festival de Jazz Europeu no Porto.

Porém, a história do Jazz em Portugal não começou com os festivais, mas sim muito antes, e nela encontramos estreitamente associados o entusiasmo e a perseverança de Luís Villas-Boas, aliás co-fundador do Cascais Jazz.

Com uma enorme paixão pelo Jazz, este homem criou, em 1945, o primeiro programa de rádio em Portugal dedicado a este tipo de música, e fundou, em 1948, o Hot Clube de Portugal, o primeiro clube de Jazz em Portugal. A sua luta em prol da divulgação do Jazz abrangeu cinco décadas, durante as quais foi ainda produtor e promotor de concertos e festivais, organizador de jam-sessions (juntando músicos portugueses e estrangeiros)
e produtor discográfico.

Entretanto, o Hot Clube de Portugal, a funcionar na mesma pequena cave de sempre da Praça da Alegria, em Lisboa, tornou-se num dos mais antigos clubes de Jazz do mundo. Com uma programação semanal de espectáculos ao vivo, viu passar pelo seu palco, durante as suas seis décadas de existência, tantos músicos que, se quiséssemos escrever todos os seus nomes, por certo as paredes do clube não chegariam para tal. Esperamos que muitos mais continuem a passar."

Dados Técnicos

Obliterações do 1º dia em:
Lisboa / Porto / Funchal / Ponta Delgada / Estoril
Emissão:2009 / 06 / 26
Selos: € 0,32 – 330 000;€ 0,47 – 230 000; € 0,57 – 200 000; € 0,68 – 230 000;€ 0,80 – 200 000; € 1,00 – 245 000; Bloco:Com 1 selo € 3,16 – 60 000

Design: Atelier Acácio Santos / Hélder Soares
Fotos: Augusto Mayer / João Freire / Joaquim Mendes.
Agradecimentos: designers Adelino Ínsua / Carlos Barradas / Garizo do Carmo / João Machado / Pedro Morais / Sinais de Fumo.

Papel : 103g / m2; Formato:Selos: 30,6 x 40mm; Bloco: 125 x 95mm
Picotagem:13 x Cruz de Cristo
Impressão: offset; Impressor : INCM
Folhas :Com 50 ex.
Sobrescritos de 1º dia:C6 – € 0,55; C5 – € 0,74; Pagela:€ 0,70

Fonte: Serviços de Filatelia dos Correios